O nosso cérebro é moldado para a nossa sobrevivência e de todas as necessidades para a manutenção da vida, a respiração é a mais primordial. Sendo assim, os sinais que o sistema respiratório envia para o cérebro têm prioridade máxima. A respiração é o nosso CEO interno.

Por sua profunda conexão com todo o sistema nervoso, a respiração é o meio mais simples, direto e efetivo de ativação do sistema parassimpático e de autorregulação em momentos de forte emoção ou estresse. Seu poder de atuação neste sentido, também é inigualável. Com a prática constante, conseguimos de fato tornar o sistema nervoso equilibrado e saudável.

Algo que passou a despertar muita atenção dos cientistas nas últimas décadas é a capacidade da respiração promover a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), uma medida preciosa e que pode declinar com a idade e o acúmulo de estresse. Uma VFC elevada significa um coração mais preparado para responder rapidamente ao estresse e retornar para o estado de homeostase. Com o tempo, isso não só proporciona resiliência fisiológica ao estresse, como também tem o poder de reduzir em até 10 anos o declínio do coração relacionado à idade.

As emoções têm uma relação bidirecional com a respiração. Ou seja, nosso estado emocional gera mudanças no padrão da nossa respiração. A boa notícia, é que essa é uma via de mão dupla, então mudanças no padrão respiratório também geram mudanças imediatas no estado emocional. Isso faz da respiração a melhor ferramenta que temos para alterarmos o nosso estado emocional e para nos auxiliar a manter um estado emocional elevado.

A nossa fonte primária de energia não é a alimentação, muito menos o cafezinho. É a respiração. A nível celular, oxigênio é o elemento mais importante para as mitocôndrias, que estão no interior das células, produzirem trifosfato de adenosina (ATP), que é o elemento primário da energia. Além disso, ao reeducar a respiração, que é uma missão central da Academia da Respiração, você eleva os níveis de dióxido de carbono (CO2) no organismo, que funciona como um imã que atrai o oxigênio para o interior das células, aumentando a eficiência do processo respiratório, conseguindo fazer mais com menos e melhorando sua performance.